sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

AUDIÊNCIA PÚBLICA DEBATE NÍVEL DE ESCOLARIDADE DOS OCUPANTES DE CARGOS DE CHEFIA E DIREÇÃO DE ÁREAS ADMINISTRATIVAS

     A Câmara Municipal promoveu Audiência Pública no início da semana, para debater com a população o Projeto de Lei 19/02, que dispunha sobre alteração de nomenclatura dos cargos em comissão, bem como sobre atribuições e nível de escolaridade dos ocupantes.
Dispunha, porque o prefeito Tinho Bortotti encaminhou oficio na manhã do dia seguinte solicitando a retirada do projeto, sem apresentar justificativa. Acredita-se que seja para promover alterações nos itens mais criticados ou discordantes.
Em resumo, o projeto propunha a alterações nas nomenclaturas dos cargos de coordenador e encarregado, para diretor de departamento e chefe de setor, respectivamente. Para tanto, será necessário também transformar as coordenadorias em departamentos, por meio de lei, fato que não consta do projeto.
Na área da Educação, as alterações seriam para os cargos de supervisor de educação em diretor pedagógico, assiste de diretor de escola em vice-diretor de escola, coordenador pedagógico em assessor pedagógico e diretor de creche em diretor de centro de educação infantil.
O projeto retirado também previa a criação disfarçada de alguns cargos, mediante a simples mudança de nomenclatura de cargos vagos, como, por exemplo, a transformação do cargo de assessor de serviços internos em assessor de serviços urbanos ou o de chefe do setor de tesouraria em chefe do setor do Incra ou ainda o de assessor de transporte de saúde em assessor da agência de crédito.
Essa manobra não pegou bem entre os vereadores e tampouco entre os participantes da Audiência Pública. Mas o assunto que provocou maior discussão foi a falta de critério na definição do nível de escolaridade para a livre nomeação dos ocupantes dos cargos de assessoria, diretoria e chefia.
Ficou a impressão entre os debatedores de que primeiro foi escolhido o ocupante do cargo, para depois definir a escolaridade exigida, como observaram alguns dos participantes.
Conduzida pelo presidente Maryel Garbelotti, a Audiência Pública contou com a participação dos vereadores Fernando Pitukinha (vice-presidente), Daniela Viana (secretária), Flávio Cateto e João Massaruti. Também integraram a mesa diretora dos trabalhos o bancário Paulo César Correa Custódio (Olho Vivo) e servidora municipal Neia Fabro (Sidserv).
O evento reuniu servidores públicos, dirigentes partidários e cidadãos populares. Destaque para a participação de representantes da Organização Olho Vivo e do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais – Sindserv.
Ao abrir os trabalhos, Maryel pediu para um debatedor falar em defesa do projeto e outro em contrário, com a definição dos pontos positivos e negativos da proposta. Como o Executivo não enviou representante legal, ao próprio presidente da Câmara decidiu explicar o motivo do encaminhamento do projeto e defender seus pontos positivos, porém, com mais ressalvas que elogios.
O dentista José Haroldo Silva apresentou o posicionamento da Ong Olho Vivo, numa análise didática, abrangente e bem detalhada. O ongueiro Paulo Custódio também manifestou opinião, assim como a assistente social Marina Corcovia, o servidor Marquinho Baiano e a vereadora Daniela Viana, cuja enfática defesa do nivelamento pelo alto da escolaridade exigida para os integrantes dos cargos de chefia, assessoria e diretoria, acabou gerando um polêmico debate no decorrer da semana por integrantes do grupo Fartura Politicamente Incorreto da rede social Facebook.
Por fim o professor Henrique Lucarelli sugeriu criação de um grupo de trabalho para estudar o projeto com mais profundidade e encaminhar sugestões de aprimoramento ao prefeito Tinho Bortotti. A sugestão foi acatada.

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