quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

SERVIÇO DE RECUPERAÇÃO SEGUE EM ITAÓCA

Estivemos terça-feira com o professor Alex Campos e o vereador Joaquim Barros na cidade de Itaóca, para levar solidariedade à população e tomar conhecimento da extensão da tragédia que atingiu o município na noite de 12 de janeiro e provocou 28 mortes.
Fomos recepcionados pelo jovem prefeito Rafael Rodrigues de Camargo (PDT), que está vivenciando com serenidade uma experiência impensável até o desabamento da pesada chuva que destruiu dezenas de moradias. Também nos encontramos com o vereador Sebastião Lúcio de Oliveira, do PT, o atual presidente da Câmara Municipal.
O assessor Alex Campos colocou novamente o mandato do deputado estadual Hamilton Pereira (PT) à disposição de Itaóca. No mesmo dia também estiveram na cidade assessores e representantes dos deputados federais petistas Arlindo Chinaglia, Denanir Ribeiro e Iara Bernardes.
MOVIMENTO – Encontramos uma cidade triste com a perda de 28 pessoas – algumas de fora, mas com uma movimentação inédita. Frentes de trabalho conduzidas pela Defesa Civil Estadual trabalhando em vários locais na limpeza e reconstrução da destruição.
Na primeira semana, esse serviço foi feito basicamente por voluntários, com auxílio de funcionários, maquinários e caminhões enviados pelas prefeituras das cidades próximas. Agora o serviço está sendo conduzido por uma frente integrada por funcionários, maquinários e veículos e empresa e órgãos estatais, como Sabesp, Codasp, DAEE e DER, entre outros.
A Cozinha Piloto está produzindo refeições para as famílias desabrigadas e também para esses funcionários e voluntários, com mantimentos enviados como doações, que estão chegando de localidades próximas e distantes, até mesmo de Minas Gerais.  
HABITAÇÃO - Placa na entrada da cidade mostra a presença do programa federal Minha Casa Minha Vida desde antes da tragédia. O município também foi contemplado em junho do ano passado com a construção de um conjunto estadual com 60 unidades, através da Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU) do Estado de São Paulo.
Esses empreendimentos, no entanto, não são destinados às 40 famílias desabrigadas. A solução mais rápida e prática talvez seja a implantação de uma Agrovila com recursos do programa Minha Casa Minha Vida Rural, desenvolvido em parceria com ao programa Casa Paulista Rural.
Chegamos a acompanhar uma reunião do prefeito, vereadores, servidores e populares com representantes da Caixa Econômica Federal e da Federação da Agricultura Familiar (FAF) para tratar da implantação de uma Agrovila com financiamento do Governo Federal e aporte do Governo Estadual.
Esse projeto está sendo conduzido por Marcos Pimentel, da Cooperativa de Habitação da Agricultura Familiar – Coopeerhaf. Se tudo der certo, a Agrovila terá de 60 a 100 moradias. O terreno de dois alqueires será comprado com recursos provenientes de doações. Uma Ong social de funcionários da Caixa se comprometeu a bancar a verba inicial, entre R$ 1.520,00 e R$ 2.200,00 por moradia, exigida para filiação à Cooperhaf.
TRAGÉDIA – Na decida da serra pela estrada entre Apiaí e Itaoca já é possível observar parte do estrado provocado pela chuva de 150 milímetros que desabou em menos de uma hora. Desprovida da cobertura vegetal natural para o plantio de pínus, a encosta de um morro com mais de 600 metros de altura não resistiu e desceu em forma de avalanche de lama, arrastando pedras imensas e arrancando árvores pela raiz.
De um mirante é possível ver o Ribeirão Palmital no fundo do vale, com seu leito alargado pela passagem de tanta água. Ao chegar à cidade, a força dessa avalanche foi alagando as vazes e levando tudo o que encontrava pela frente, pedras, árvores, carros casas e vidas humanas.
O ribeirão acompanha a rodovia que atravessa a cidade de Itaóca no sentido de Iporanga, rumo a Iguape, no Litoral Sul do Estado. O local mais atingido foi o bairro Guarda-Mão, situado algumas centenas de metros antes do centro da cidade, onde o estrago não foi tão grande.  

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