quinta-feira, 22 de novembro de 2012

TUCANOS E ALIADOS TÊM MAIS COISAS A FAZER DO QUE PEGAR NO PÉ DO LULA


* Por Tadeu de Oliveira, com base em artigo publicado por Zé Dirceu em seu espaço para discussão do Brasil - www.zedirceu.com.br.

    Enquanto o PT se movimenta para o fortalecimento de sua coalizão política com o parceiro PMDB, o novato PSD e seus aliados tradicionais PSB, PDT, PC do B e os demais partidos da base do Governo Dilma, como PP e PRB, o que fazem os ditos oposicionistas PSDB, DEM e PPS?

Além de fazerem intrigas, especulações, oposição atabalhoada e o jogo da grande mídia conservadora, os tucanos e seus aliados concentram todas suas forças na tentativa de ligar o ex-presidente Lula à Ação Penal 470, o tal mensalão, com base na teoria do domínio do fato utilizada na condenação do ex-ministro José Dirceu.
Ou seja, condenar sem provas, apenas por suposição, no caso um depoimento secreto de Marcos Valério ao procurador-geral Roberto Gurgel. Querem voltar ao passado e abrir uma nova ação penal, desta vez tendo Lula como figura central.
É preciso lembrar, porém, que esses três partidos da oposição, vão governar, a partir de 2013, apenas um em cada cinco eleitores. PSDB. DEM e PPS perderam 864 prefeituras nessas eleições, uma queda de 44% em oito anos. Cosa complicadíssima para se perder tempo com picuinhas.
Mas que continuem agindo assim, raivosamente e impensadamente, porque, passadas as eleições municipais, os olhos do mundo político se voltam ao horizonte de 2014, quando serão realizadas as eleições gerais, ou seja, para presidente, governadores, senadores, deputados federias e deputados estaduais.
Os tucanos, em meio a esse jogo, sem saber se renova seus quadros ou se agarra ao prestígio dos principais líderes emplumados, parece perdido e atordoado. O DEM ainda não se encontrou e com mais uma acachapante derrota nas urnas, precisa lamber as feridas e se reestruturar para não morrer ou ser encampado pelo tucanato. O PPS vive à sombra do DEM e do PSDB e não tem muito que fazer. A não ser aporrinhar Lula e Dilma!
Ao mesmo tempo em que se afina com a base aliada de Dilma, o PSB alimenta o sonho de seguir carreira solo. E esse sonho ameaça embaralhar o cenário eleitoral que começa a se desenhar para 2014.
O que vai fazer o PSDB? Vai disputar a com o senador Aécio Neves encabeçando uma chapa com apoio do DEM e do PPS? Se buscar nova a aliança, vai compor com o PSB, um dos vencedores das Eleições 2012? Se essa composição sair, vai ceder a cabeça da chapa presidencial ao governador pernambucano Eduardo Campos? E a emblemática Marina Silva, como ficará se fundar novo partido e abocanhar parte do tucanato descontente?
Verdadeira encruzilhada de sete pontas. É preciso se decidir logo, para não incorrer no mesmo erro da Eleição 2010. Até porque, valem outras perguntas: Aécio Neves vai resistir até lá? José Sewrra vai deixar? Geraldo Alckmin continua sonhando?  Marina Silva, que surpreendeu na eleição passada, vai entrar na briga? Como ficará Eduardo Campos?
O governador pernambucano tem tempo e espaço para decidir o caminho que mais fortaleça sua aspiração de disputar a Presidência do Brasil. Se não for agora, em 2014 pode muito bem ser em 2018. Porque, para fortalecer sua aspiração presidencial, terá de fortalecer ainda mais sua agremiação, o PSB. Deduz-se desse quadro, que Eduardo Campos pode se aliar tanto ao PT como ao PSDB, como, aliás, o PSB fez nas eleições municipais.
Que PSDB, DEM e PPS continuem, pensando e procurando uma forma de atingir Lula. Porque, para o PT, o que conta é o sucesso do Governo Dilma e seu fortalecimento, já conquistado nas urnas, mas que demanda bons governos nas cidades e nos estados.
Demanda também a preparação para 2014, quando o Partido dos Trabalhadores vai disputar para valer os governos de Minas, Rio, Paraná e São Paulo, entre outros estados com grande peso eleitoral. A reeleição de Dilma depende dessa preparação, não da destruição da imagem do ex-presidente Lula da Silva. 

* Egresso de Faculdade de Administração com ênfase em Comércio Exterior, formado e diplomado em Comunicação Social com ênfase em Jornalismo, Tadeu de Oliveira é analista político, econômico e esportivo.

 

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