A Delegacia de
Polícia (DelPol) de Fartura instaurou inquérito para apurar um caso de
estelionato contra proprietários de veículos automotores, que também lesava
temporariamente a Fazenda do Estado, com o não recolhimento de parte do Imposto
sobre Propriedade de Veículos Automotores – IPVA.
O caso envolve um
auxiliar de despachante lotado em um famoso escritório da cidade. Os prejuízos
estão sendo ressarcidos pelo proprietário do estabelecimento, que também figura
como vítima.
Segundo o delegado
José Henrique Ribeiro Júnior já apurou, o estelionatário recebia do
proprietário todo o valor correspondente ao IPVA, mas recolhia apenas uma parte
e se apropriava do resto.
A maior parte do
golpe foi aplicada contra proprietários de veículos novos, que não possuem
documento e podem ser licenciados com o recolhimento da primeira das três
parcelas permitidas para o parcelamento do IPVA.
Como é tudo novo, o
conferente do processo não tinha como descobrir nada de errado e o documento
era liberado pelo delegado, também responsável pela Circunscrição Regional de
Trânsito (Ciretran) e igualmente vítima do golpe.
Quando se tratava
de veículo usado, o auxiliar de despachante recolhia uma parcela em um
correspondente bancário, se apropriava do restante e com uso de comprovante
falso conseguia ludibriar o conferente da Ciretran.
“Mas o Estado não
seria lesado”, comenta o delegado José Henrique, porque, quando do lançamento
do IPVA 2013, o golpe viria à tona com a cobrança do débito. “Como descobrimos
antes, algumas vítimas já estão sendo ressarcidas”, acrescenta o delegado.
Levantamento da
Ciretran aponta fraude em aproximadamente 40 veículos. Nem todos quiseram
registrar o golpe em boletim de ocorrência, muito provavelmente em respeito ao
proprietário do escritório, reconhecidamente um home de bem e de confiança. Por
isso os nomes foram suprimidos nessa matéria.
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