quarta-feira, 25 de maio de 2011

VETERINÁRIO FARTURENSE NOTA AUMENTO EM CASOS DE CÂNCER DE PELE EM BOVINOS

Até então incomum em animais de produção leiteira, a incidência de câncer de pele em bovinos vem aumentando de forma considerável, segundo observação do médico veterinário Ricardo Garbelotto, que presta assistência técnica para Casa da Agricultura de Fartura.
Dr. Ricardo costuma fazer de quatro a cinco visitas técnicas a propriedades rurais por dia, numa média de 125 por mês. E nessas andanças tem encontrado dois ou três casos por mês, fato que começou a despertar sua atenção.
Os casos identificados e analisados pelo veterinário farturense não apresentaram problemas de contaminação do leite, mas deixaram claro que os efeitos danosos do aquecimento global e dos gases que destroem a camada de ozônio e provocam aumento da incidência de raios ultravioleta.
Solução? Maior sombreamento das áreas de pastagens – natural ou artificial, protetor solar (isso mesmo) e suplemento à base de Vitamina A. “É preciso ficar atento a cuidar mesmo, porque são animais apurados para a produção de leite, portanto, caros”, recomenda Dr.Ricardo, observando que o inverno está chegando e sol seco e com maior incidência de raios ultravioleta.
INFORMAÇÕES CIENTÍFICAS – Identificado como Carcicoma de Células Escamosas (CCE) esse tipo de câncer de pele é um tumor maligno dos queratinócitos, também conhecido como carcicoma de células espinhosas, carcicoma espinocelular ou carcicoma epidermóide.
Exposição prolongada a luz ultravioleta, falta de pigmento na epiderme, perda de pelos ou cobertura de pelos muito esparsa nos locais afetados são alguns dos fatores de risco, conforme estudo realizado entre 1978 e 2002 por uma equipe do Laboratório Regional de Diagnóstico da Faculdade de Veterinária da Universidade Federal de Pelotas e disponível na Internet.
Pode ocorrer em animais jovens, mas a incidência aumenta com idade. Afeta mais as vacas, que geralmente têm longo tempo de vida. Os locais mais afetados em bovinos são primariamente nas junções muco-cutâneas, particularmente nas pálpebras. Eritema, edema e descamação são seguidos por formação de crosta e adelgamento da epiderme com conseqüente ulceração. Com avanço do tumor, local vai ficando purolento.

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