quarta-feira, 25 de maio de 2011

UM BRASIL MENOS DESIGUAL

O estudo mostra que a pobreza diminuiu em 50,6% durante o governo do presidente Lula, de junho de 2003 a dezembro de 2010, e que, de 1994 a 2002 , a pobreza caiu 31,9%. Ao longo de 2010, a pobreza foi reduzida em 16%.

* Por Hamilton Pereira

Diferentes estudos, que vieram a público na primeira semana de maio, mostram que o Brasil, finalmente, entrou na rota de pagar sua ainda imensa dívida social. A renda - em crescimento, com o desenvolvimento econômico - está sendo melhor distribuída e a classe C já é a maior do país, englobando 53%, 101 milhões de brasileiros, segundo pesquisa do Ipsos Public Affairs, encomendada pelo grupo financeiro Cetelem BGN. As classes D e E representam 25% da população, enquanto a A/B chega a 21%.
Outro estudo resgata o histórico recente da diminuição da pobreza no Brasil. A pesquisa Desigualdade de Renda na Década, produzida pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), mostra que nos últimos dez anos, os 50% mais pobres tiveram crescimento de 69% em sua renda, enquanto a dos 10% mais ricos cresceu 10%. O estudo mostra que a pobreza diminuiu em 50,6% durante o governo do presidente Lula, de junho de 2003 a dezembro de 2010, e que, de 1994 a 2002 , a pobreza caiu 31,9%. Ao longo de 2010, a pobreza foi reduzida em 16%.
A FGV, para chegar a esses índices, utilizou dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) e da Pesquisa Mensal de Emprego (PME), ambas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), e também o Índice de Gini, que mede a desigualdade de renda entre os indivíduos.
Os autores do estudo indicam que os investimentos sociais e o investimento público em educação foram fatores fundamentais para a redução acelerada da pobreza. O economista Marcelo Néri, coordenador do trabalho, afirmou que “o efeito educação é o principal responsável pelo crescimento da renda dos mais pobres em cerca de 40% mais que a dos ricos, pois a taxa de escolaridade aumentou para esse grupo e isso afetou diretamente na renda”.
Por fim, tivemos o anúncio do programa Brasil sem Miséria, a ser lançado em breve pela presidenta Dilma Rousseff. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a partir dos dados do Censo 2010, identificou no Brasil 16.267.197 de pessoas (8,5% da população) que vivem com renda per capta mensal de até R$ 70. Essa é a linha da extrema pobreza definida pelo governo federal, que embasará o programa, cuja meta é erradicar, nos próximos quatro anos, a miséria no Brasil.
Parece que, finalmente, o Brasil deixou de ser o eterno país do futuro. Agora é o presente que se mostra carregado de possibilidades. Ainda há muito a ser feito, mas o que os governos do PT já fizeram em termos de combater a desigualdade garante que estamos no rumo certo. País rico é país sem pobreza.

*Hamilton Pereira é deputado estadual pelo PT-SP

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