Candidato demo-tucano à Presidência da República, o ex-governador paulista José Serra prometeu no primeiro dia de campanha eleitoral mais que duplicar os investimentos no programa Bolsa Família, até então considerado por líderes de DEM, PSDB e PPS como prática eleitoreira do Governo Lula.
Por várias vezes demos-tucanos manifestaram a intenção de acabar com esse programa federal de distribuição de renda. Agora, de olho no voto dos pobres, tudo mudou na seara anti-Lula!
“Qual é a nossa meta? É partir para a erradicação da pobreza de todas as famílias abaixo da linha da pobreza”, discursou Serra, em encontro organizado pelo PSDB para discutir a expansão da rede de assistência social. “Temos no Brasil, abaixo da linha da pobreza, 15 milhões de famílias com renda per capita familiar de até meio salário mínimo. O Bolsa Família não cobre isso”, acrescentou.
Algo semelhante chegou a ser feito no Estado São Paulo quando o também tucano Geraldo Alckmin era governador, mas os projetos foram encolhidos ou desmontados na Gestão de José Serra. Quando prefeito de São Paulo, o candidato presidencial demo-tucano desprezou o programa Bolsa Família, agora transformado em centro de sua campanha para a área social. Seu sucesso, o demista Gilberto Kassab, também não gosta muito do Bolsa Família, que atualmente atende cerca de 12,6 milhões de famílias em todo o Brasil.
Logo depois do prununciamento de Serra, o governador Alberto Goldman, também do PSDB, anunciou que vai reajustar em 17% os valores transferidos pelos programas Agente Jovem e Renda Cidadã, que atuamente repassar R$ 60,00 a cada jovem ou família assistida. Os benefícios não eram ajustados desde 2006. Aliás, não será reajuste, apenas reposição de perdes inflacionárias. A maior parte dos 90 mil jovens e das 130 mil famílias beneficiadas por esses programas vivem nas regiões Sul e Sudoeste do Estado. Essa sim uma jogada meramente eleitoriera!
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