sexta-feira, 25 de junho de 2010

O BRASIL TEM MUITOS POBRES. E OS POBRES GOSTAM DELE! ENTÃO...

“Queria que ganhasse ela não ganhasse, mas não sei não... O homem é forte, o Brasil tem muito pobre e os pobres gostam dele...”. Observação de um taxista que me levou pra casa dia desses, sobre o cenário que se apresenta o pleito eleitoral que se avizinha.
Ela é Dilma e o homem é Lula. O taxista, que também é pequeno produtor rural, estava bravo, porque nas três últimas safras negociou o milho a R$ 30,00 a saca e agora está vendendo a R$ 15,00.
Mesmo assim desistiu de comprar 100 leitões para engordar. Disse que fez as contas e viu que não ia ganhar nada. Inclusive com a soja a R$ 32,00, em média, a saca. Da soja se faz o farelo, utilizado na ração com o núcleo industrializado.
“O café, então, se não der bebida, perde R$ 80,00 em cada saca. Se chover, o café não dá bebida”, acrescentou o taxista-agricultor. Foi assim na safra passada. Se o café que está sendo colhido der bebida, o café é de qualidade. Pode alcançar R$ 317,00 em Cerrado (MG), R$ 278,00 em Garça (SP) ou R$ 264,00 no Noroeste do Paraná. Café arábica, tipo 6, duro para melhor. Em Fartura, a saca de 60 kg está sendo negociada a 265/270 reais. Café bebida. Se for rio, a R$ 235,00 e riado a R$ 200,00.
Tem lá suas razões o taxista-agricultor, mas essas oscilações são coisas do mercado, inclusive internacional. Mas que é preciso política para proteger e garantir o agricultor, isso é, porque o mercado é muito volátil, muda de ano para ano. Tanto que nos Estados Unidos a lei agrícola (Farm Bill) é revisada de dois em dois anos.

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